terça-feira, 11 de agosto de 2009

Aspectos culturais da Espanha

Desporto
O desporto em Espanha é dominado, principalmente, pelo futebol (desde o século XX), o basquete, o ciclismo, o tênis, o andebol, e pelos esportes de motor, principalmente o Motociclismo. A partir dos Jogos Olímpicos de 1992, disputados na cidade de Barcelona, o país entrou na elite mundial em diversos esportes. Na Espanha se celebra anualmente no verão a ‘‘Volta ciclística da Espanha’‘ (La Vuelta), que junto ao ‘‘Giro d’Italia’’ e o Tour de France, é uma das três competições ciclísticas mais importantes da Europa. A Seleção Espanhola de Futebol é a atual líder do ranking da FIFA (Federação Internacional de Futebol).
Tauromaquia
Na Espanha se conserva a tradição de realizar diversos espetáculos taurinos, tais como os ‘‘encierros’‘ (corridas nas quais as pessoas correm junto aos touros pelas ruas) e as ‘‘corridas de toros’‘ (touradas), que fazem parte da identidade de numerosas festas populares. As ‘‘plazas de toros’‘ com maior transcendência na temporada taurina são a de ‘‘Las Ventas’‘ em Madrid, a Plaza Monumental em Pamplona, a Plaza de la Maestranza em Sevilha e a Plaza de Valência.
Meios de comunicação
A televisão é o principal meio de comunicação audio-visual do país, com seis emissoras nacionais, a emitir em sinal analógico, e várias regionais. As principais emissoras são a La 1, La 2, Antena 3, Cuatro, Telecinco e La Sexta.
A imprensa está concentrada principalmente em dois consórcios jornalísticos cujos principais jornais de circulação nacional são El País e El Mundo, além do ABC, La Razón e La Vanguardia. Na imprensa esportiva destacam os jornais Marca e As.
A Historia da Espanha é a própria de uma nação européia, que compreende o período entre a pré-história e a época atual, passando pela formação e queda do primeiro Império espanhol. Os primeiros humanos chegaram à Península Ibérica no território da atual Espanha há 35 mil anos. Durante os milênios seguintes o território foi invadido e colonizado por cotas, fenícios, cartagineses, gregos e pelo ano 200 a. C. a maior parte da Península Ibérica começou a formar parte do Império Romano. Após a queda de Roma, a península foi dominada pelo Reino visigodo, o embrião da atual Espanha. Tal reino foi estabelecido no século V e se manteve até os começos do século VIII. No ano 711 aconteceu a primeira invasão de muçulmanos, vindos desde o Norte da África, e que em poucos anos dominaram grande parte da Península Ibérica. Durante os 750 anos seguintes, se estabeleceram pequenos reinos independentes, chamados ‘‘Taifas’‘, ainda que a área total de controle muçulmano se conhecia com o nome de Al-Andalus. Enquanto o resto da Europa permanecia na Idade das Trevas, Al-Andalus florescia cultural, científica e artisticamente. As contínuas disputas entre muçulmanos e cristãos tiveram como conseqüência a Reconquista, começando no século VIII com a resistência cristã no norte da Espanha e através dos seguintes séculos com o avanço dos reinos cristãos ao o sul, culminando com a conquista de Granada e com a expulsão dos últimos mouros em 1492. Durante este período os reinos e principados cristãos se desenvolveram notavelmente, incluídos os mais importantes, o Reino de Castela e o Reino de Aragão. A união destes dois reinos através do casamento em 1469 da Rainha Isabel I de Castela e o Rei Fernando II de Aragão levou à criação do Reino da Espanha.
O ano 1492 é também lembrado como o ano em que os reis católicos enviaram o explorador Cristóvão Colombo através do oceano Atlântico em busca de uma nova rota comercial com a Ásia. A chegada de Colombo ao Novo Mundo e o posterior desenvolvimento do Império espanhol levaram a Espanha a uma era dourada. Durante os seguintes séculos, a Espanha como uma potência colonial se alçou como a mais importante nação européia no cenário mundial, assim como ator principal nos assuntos europeus. A literatura e as belas artes na Espanha floresceram de maneira muito significativa durante este período, conhecido pela expulsão dos judeus e dos muçulmanos e pelo estabelecimento da Inquisição. Durante os seguintes trezentos anos, o império colonial espanhol cobriu a maior parte de América do Sul, grandes porções de América do Norte, as Filipinas na Ásia, assim como porções de costa na África, convertendo-se em um dos maiores impérios da historia. Financiado sobremaneira pelas riquezas obtidas em suas colônias, a Espanha entrou em guerras e intrigas na Europa continental, incluindo, por exemplo, a obtenção e perda de posses nos atuais Países Baixos e Itália, e mantendo guerras com Inglaterra (incluindo o famoso fracasso da conhecida como Armada Invencível) e França. Com a morte de Carlos II a dinastia de Habsburgo se extinguiu para deixar lugar aos Borbões, após a Guerra de Sucessão. Como conseqüência desta guerra a Espanha perdeu sua preponderância militar e após sucessivas bancarrotas o país foi reduzindo paulatinamente seu poder convertendo-se, no final do século XVIII, em uma potência menor.
O século XIX foi testemunha de grandes mudanças na Europa, acompanhadas pela Espanha. Na primeira parte desse século, a Espanha sofreu a independência da maioria de suas colônias no Novo Mundo. O século também esteve marcado pelas intervenções estrangeiras e os conflitos internos. Napoleão chegou a colocar seu irmão José Bonaparte no governo da Espanha. Após a expulsão dos franceses, a Espanha entrou em um extenso período de instabilidade: se sucederam continuas lutas entre liberais, republicanos e partidários do Antigo Regime.
A chegada da Revolução Industrial nas últimas décadas do século, levou algo de riqueza a uma classe média que se ampliava em alguns centros principais, porém a Guerra Hispano-Americana, em 1898 levou à perda de quase todas as colônias restantes, restando apenas os territórios na África. Apesar de um nível de vida crescente e uma integração maior com o resto de Europa, no primeiro terço do século XX, seguiu a instabilidade política. Espanha permaneceu neutral durante a Primeira guerra mundial. Em 1936 Espanha se submergiu em uma terrível guerra civil. A guerra deu lugar a uma ditadura fascista, conduzida por Francisco Franco que controlou o país com mão de ferro até 1975. A Espanha foi oficialmente neutral durante a Segunda Guerra Mundial; as décadas seguintes à guerra foram relativamente estáveis a pesar da tremenda pobreza e destruição, e ainda que durante as décadas dos 60 e os 70 o país experimentou um crescimento econômico assombroso permaneceu culturalmente e politicamente reprimido. Após a morte de Franco em 1975, a quem sucedeu o Rei Juan Carlos I, e a aprovação da Constituição de 1978, no transcurso do que historicamente se é conhecido como a Transição, foi realizada uma transformação sem precedentes do país. Essa transformação levou a Espanha a ser atualmente uma democracia consolidada e uma das maiores potencias econômicas do mundo (a pesar de graves problemas como podem ser o terrorismo do ETA e a crescente pressão da imigração). Nesta época, além disso, a Espanha entrou na Comunidade Econômica Européia e organizou a Copa do Mundo de Futebol. Em 1992 foram celebrados os Jogos Olímpicos em Barcelona e a Exposição Universal em Sevilha, ao mesmo tempo em que se celebrava o 5º Centenário do Descobrimento da América por Cristóvão Colombo. Em 2002 foi adotado o Euro como moeda oficial. Em 2004, nas vésperas das eleições, ocorreram os Atentados de Madri. Nestes atentados, bombas colocadas pela Al-Qaeda em vários trens da cidade e região de Madri vitimaram 192 pessoas e deixaram centenas de feridos. Em conseqüência deste acontecimento, o PSOE venceu as eleições, governando o país desde então. Em 2005 a Espanha permitiu aos homossexuais o casamento civil e o direito de adoção. Em 2008 aconteceu em Saragoça mais uma Exposição Universal, cujo tema foi a água.

Aspectos culturais da índia

A cultura da Índia é uma das culturas mais antigas que conhecemos. Alguns[quem?] afirmam ter mais de quatro mil anos. Segundo informações recentes[quem?], foram descobertos sítios arqueológicos no vale do rio Sarasvat - um rio que secou dado a permanente elevação dos Himalaias - com cidades de mais de vinte mil anos de existência e completa rede de água e esgoto.
Histórico
A Índia, inicialmente, era constituída por 3 etnias: negros (Dravidianos), orientais (mongóis) e brancos (caucasianos). Posteriormente, outros povos lá estiveram em vários períodos de sua longa história. Deve-se a isso a grande tolerância religiosa existente no país, uma vez que o povo está acostumado a conviver com uma enorme diversidade cultural, que inclui diferenças até mesmo nas línguas (que são realmente muitas).
A cultura indiana antiga dividia a sociedade em quatro categorias de ofícios e quatro de idades. Esse sistema tem o nome de Sanatana Dharma. Tal aspecto cultural gerou diversas distorções na sociedade contemporânea e, apesar de oficialmente banido, continua sendo infamemente praticado.
Os indianos, apesar das diversidades como linguagem, arte, música e cinema, são extremamente ligados à nação e aos ancestrais, o que os torna uma sociedade muito tradicional.
Segundo recenseamentos de 1961 e 1971, existem na Índia 1652 línguas vernáculas (sem agregação de estrangeirismos) e 67 línguas de ensino escolar em diversos níveis. A Constituição de 1950 tornou o hindi, escrito em ortografia devanágari, a língua oficial do país e enumerou as 15 línguas oficiais regionais: assamês, bengali, gujarati (ou gujerat), hindi, kanara, caxemira, malaiala, marathi, oriya, pendjabi, sânscrito, sindhi, tâmil, telugu, urdu. No entanto, o hindi encontrou uma certa resistência, particularmente nos Estados do sul e em Bengala, o que conduziu à manutenção do inglês como segunda língua privilegiada, de elite, que permite os contatos internacionais e a obtenção dos melhores empregos.
Música
A música da Índia, essencialmente improvisada, de caráter descritivo e emotivo, baseia-se em quadros rígidos, complexos e constantes, que constituem o único elemento transmissível. Deriva de vários sistemas pertencentes a grupos étnicos e lingüísticos distintos (mundas, dravidianos, arianos e outros). A música indiana, não tendo notação gráfica, consiste em um sistema de ragas que são memorizadas pelos executantes e que servem de base para as improvisações.
Após a invasão muçulmana, passou a ser elaborada segundo dois sistemas principais: o sistema do norte (hindustani) e o do sul (Karnático). Essa música é caracterizada pela existência de um grande número de modos. O modo não é simplesmente uma gama, mas comporta também indicações de intervalos exatos, ornamentados, estilo de ataque das notas para formar uma entidade e apresenta uma expressão e um estilo definidos: o raga (“estado de alma”). A oitava é dividida em 22 intervalos, permitindo uma consonância exata entre as notas. A rítmica, muito evoluída, possibilita arabescos de uma extrema sutileza.
O principal instrumento de cordas é a tambura (tampura); os principais instrumentos de sopro são as flautas e uma espécie de oboé. Entre os tambores, os mais importantes são o mridangam e o tabla. O tala é o gongo indiano. Entre os mais importantes musicistas indianos estão Ali Akbar Khan e Ravi Shankar (nascido em 1920 e que já se apresentou no Brasil).
Apesar da Índia ter uma sociedade pungente e moderna, com grandes aglomerados urbanos, universidades - muita milenares - um parque industrial fortíssimo produzindo desde agulhas a motores, aviões, etc, não perdeu suas características culturais, apesar de estar sofrendo um choque cultural.
A dança indiana inclui elementos descritivos, onde são narradas aventuras de deuses e heróis míticos.
[editar] Cinema
A Índia tem uma grande indústria cinematográfica. É, em termos numéricos, a maior produtora do mundo. O número de filmes feitos na Índia é superior ao de qualquer outro país. Essa é uma paixão dos indianos. Os cinemas vivem lotados e eles amam seus astros e, diferentemente de outros lugares, tudo tem a cara da Índia, sem invasões culturais, preservando a identidade deste país. Esta diversidade, além de arquiteturas diferentes, é o que faz da Índia esse "Caldeirão Cultural".
Atualmente o cinema indiano, conhecido por Bollywood, é uma das maiores indústrias do mundo da sétima arte.
O filme Quem quer ser um milionário?, vencedor de oito oscars, é um filme britânico, mas filmado na Índia e elenco indiano.

[editar] Religiosidade
É o país mais místico do mundo[carece de fontes?], com cheiro de incenso, cheio de guirlandas e santos vagando pelas ruas, convivendo lado a lado com uma população progressista, moderna. Nos dias atuais, muito da influência cultural ocidental tem permeado esta cultura.
As filosofias religiosas indianas - porque seus povos desenvolveram vários sistemas filosóficos que sempre estão associados à religião - são englobadas em cinco grupos principais: jainismo, sankhya e ioga, bramanismo, budismo, tantra

[editar] Ciência e tecnologia
Quase tudo na Índia é espiritualidade; o grande propósito da cultura indiana é conhecer Deus, seja em seus aspecto pessoal ou impessoal. O conceito do Zero nasceu na Índia. A primeira Universidade, com o significado atual da palavra, existiu em Nalanda, no estado de Bihar, nos tempos ancestrais.
A maior parte dos fundamentos da matemática do modo como entendemos hoje em dia deve-se à Índia, pois todo o sistema de numeração é indo-arábico, ou seja, os árabes buscaram na Índia e difundiram os algarismos que usamos até hoje. A fórmula de Bhaskara que foi criada na Índia é usada para resolver todas as equações de segundo grau.
A grande contribuição para o mundo além da filosofia, que faz parte da vida de todos os indianos, são os avanços na tecnologia da informação, pois a Índia hoje tem exportado Phd's na área de softwares principalmente para a Europa e EUA. No Brasil, o Departamento de Microeletrônica da Universidade de São Paulo, USP, o Instituto de Pesquisas Espaciais, INPE, e o IPEN, Instituto de Pesquisas Nucleares contam com profissionais indianos em cargos importantes. No campo da pesquisa espacial, o telescópio Chandra, da NASA, que leva o nome do físico indiano, é superior em tecnologia ao telescópio espacial Hubble, mais conhecido por ser responsável por telecomunicações. Outra área importante é a biotecnologia, campo que a Índia domina sobre muitos países.

Aspectos históricos da India

Quando a Terra estava se formando, a Índia era uma ilha e ao chocar com o continente deu-se a formação do Himalaia. É incrível pensar que esta cadeia de montanhas tenha sido praia um dia, mas foram encontrados fósseis de animais marinhos e conchas em suas terras. Isto ocorreu há vinte ou trinta milhões de anos atrás, antes do aparecimento de humanos na Terra.Os três rios principais da Índia: Indus, Ganga (Ganges) e Brahmaputra nascem no Himalaia. O Indus começa no Tibet, perto do lago Mansarovar, e corre por 2880 km até encontrar o Mar da Arábia no leste de Karachi. É o mais longo dos três rios. O Ganga nasce no Himalaia em Uttar Pradesh. O Brahmaputra também nasce no Tibet, na região conhecida como Tsang Po. O Ganga e o Brahmaputra se encontram antes de desaguar na Baía de Bengala. Na planície entre o Ganga e o Indus há o Deserto Thar e as colinas Aravalli.Os mais antigos sinais de vida humana na região foram encontrados em Rawalpindi (no atual Paquistão). Ferramentas de 2 milhões de anos foram achadas neste sítio e no estado de Maharashtra, em Bori. Nas colinas Shivalik, no Himalaya, foi encontrado o esqueleto de um "homem macaco" do tipo Ramapitecus de 10 a 14 milhões de anos. Um sítio arqueológico interessante do período mesolítico é Bagor, no Rajastão. Nas cavernas de Bhimbekta, em Madhya Pradesh, podemos ver pinturas rupestres. Até este estágio da vida humana, os povos de todo o mundo viveram uma vida simples, caçando animais e colhendo frutos e sementes para comer. Todos viviam da mesma maneira, até o período neolítico, quando mudaram o modo de vida para um modo mais seguro, passando a cultivar a terra e domesticar os animais. Isso ocorreu por volta de 10 000 anos AC. Apesar da multiplicidade étnica e cultural que caracteriza a Índia, ela sempre possuiu uma tendência essencial à unidade, tendência essa que a manteve uma cultura viva até nossos dias. O grande acontecimento histórico que fundamentou a cultura indiana foi a invasão dos ários que penetraram pelo noroeste da Índia, região do Punjab, entre 1500 e 800 A.C., ou mesmo antes disto. Eles encontraram no Paquistão, no vale do Indus, uma das primeiras civilizações do mundo, maior que a do Egito e Mesopotâmia juntas, com uma organização social grandemente desenvolvida. Provavelmente num período aproximado de 3000 a 2000 anos aC, floresceu no vale do Indus a civilização do mesmo nome. De 1921 a 1931, escavações realizadas por John Marshal e sua equipe desenterraram as ruínas das cidades de Moenjodaro e harappa. A civilização do Indus foi notadamente urbana e um ápice de cultura no mundo da época. Toda dividida em bairros cortados por ruas formando quadras, geometricamente exatas, Moenjodaro é chamada de "cidade moderna da antiguidade". As casas eram simples, mas com infraestrutura como cisternas, banheiros e andares superiores e inferiores. Havia também edifícios públicos e supõe-se, pelo que foi encontrado, que havia um sistema de troca de gêneros e uma administração central, composta principalmente por autoridades religiosas.Harappa é também considerada outra "capital" do Império do Indus, mas tinha algumas diferenças, como o fato de o celeiro estar localizado fora da cidade, pois a proximidade com o rio Ravi permitia que toda a vizinhança transportasse por via fluvial os gêneros para serem estocados. O tradicional banho ritual dos hindus é refletido pelos intrincados sistemas de fornecimento de água de Harappa, assim como um organizado sistema de coleta de lixo. Vemos nesta civilização pré-védica, anterior à invasão dos ários, obras importantes de arquitetura. Situada na margem esquerda do agora seco rio Ghaggar, no Rajastão, Kalibangan revela o mesmo padrão das cidades citadas acima, mostrando grande desenvolvimento, assim como Lothal, situada não muito longe do Golfo de Cambay, e Surkotada, a 270 km de Ahmedabad, no Gujarat. A cerâmica é muito presente nestes sítios todos, e além da utilitária, temos também objetos artísticos, como figuras de terracota delicadas mostrando o grau avançado da civilização. O povo do Indus desenvolveu também a tradição de esculturas em pedra, como a bela representação de um homem em estado de meditação em Mohenjo-daro e as esculturas representando jovens dançarinas em Harappa. O trabalho em metal é significativo, como a figura feminina de Mohenjo-daro com seus adornos finamente representados. A fertilidade do vale proporcionava uma vida de abundância, provavelmente trabalhndo na agricultura, usando a bacia do Indus como meio de transporte, negociando por terrra e, segundo indícios, também por via marítima com a Asia Central, o Sul da Índia, com a Pérsia e o Afeganistão.As causas do declínio e desaparecimento desta civilização podem ter sido enchentes, epidemias e secas. Mas a hipótese mais possível é de que sucessivas incursões de arianos vindos do Noroeste tenham, aos poucos, dizimado a população. Os arianos viviam provavelmente na Ásia Central, no planalto que é hoje o deserto de Gobi. Segundo vários achados arqueológicos e também segundo as narrações Históricas budistas pensa-se que neste deserto havia um mar interior e que numa ilha deste mar existia uma cidade. Era desta ilha que partiam os arianos, migrando em várias direções e subjugando outros povos. Eles foram empurrados provavelmente por cataclismos naturais tornando-se assim invasores que impunham facilmente sua inteligência e força. Eles possuíam elevada estatura e pele clara e muitos excursionaram para o oeste, tornando-se antepassados dos gregos, celtas e latinos.As origens do Hinduísmo podem ser traçadas desde esta precoce civilização. A sociedade era dirigida mais pelos sacerdotes do que pelos reis, pois aqueles intercediam com os deuses, ditavam as regras sociais e também assuntos legais, como posse de terras. Figuras de barro foram encontradas representando a Deusa Mãe, mais tarde personificada como Kali, e também uma representação masculina, com três faces sentada em atitude de yoga, rodeada por quatro animais, uma das mais antigas representações do deus Shiva. Pilares de pedra preta (adoração ao falo de Shiva como princípio criativo) também foram encontrados. Estas são as mais antigas formas de adoração, mostrando rituais ainda simples, que depois foram substituídos pelos rituais dos brâamanes que passaram a ter exclusividade neste papel.Talvez a civilização do Indus já estivesse em declínio quando da invasão ária, e isso somente acelerou a derrocada. Isso pode explicar o porquê de os Vedas considerarem os dravidas como bárbaros e primitivos. Sabemos, entretanto que a língua dos dravidas do sul era falada antes da invasão, indicando a coexistência pré-ariana da escrita dravidiana e do Indus. Talvez com a invasão ária, muitos drávidas tenham migrado para o sul, explicando a presença de tal língua fora do vale do Indus. Hoje a língua dravidiana é falada no sul da Índia e no Beluquistão Central, e tem o brahmi como um de seus ramos.A civilização Védica foi criação dos ários, que elaboraram uma série de hinos religiosos que foram organizados e são conhecidos como os "Vedas". Essas escrituras são o fundamento do Hinduísmo, absolutamente intrínseco à própria história da Índia.A ordem social que reflete a assimilação dos Ários e a supremacia dos sacerdotes se consolidou no sistema de castas, que sobrevive até hoje de certa forma. O controle sobre a ordem social foi mantido por regras estritas destinadas a assegurar a posição dos Brãmanes, os sacerdotes. Foram elaborados tabus concernentes a casamentos, dietas, e convívio social.Durante um curto período de tempo (séculos V a.C. a III a.C.) os persas tomaram o noroeste da Índia. Um jovem príncipe iniciou uma dinastia (o Império Mauna).e seu neto, Ashoka, acabou sendo o governante que mais marcou a India antiga, pois viajou por toda ela, tornando-se muito popular. Nos séculos seguintes, vários reinos se formaram, todos independentes, e com características culturais e línguas diferentes.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Localização Geogáfica da Índia




Situada na Ásia Meridional, a Índia ocupa uma extensão de 3.165.596 quilômetros quadrados que limitam-se ao oeste e ao noroeste com Paquistão, ao norte com China e Nepal, ao nordeste com Bután e Sikkim, ao leste com Myanmar (Birmânia), ao sudoeste com o Mar Arábigo, ao sul com o Oceano Índico e ao sudeste com o Golfo de Bengala.
Na Índia distinguem-se três zonas claramente diferenciadas: a parte peninsular meridional, O Dekán, de forma triangular, a Planície Indo-gangética e Cordilheira do Himaláia. Esta mística montanhosa está formada por alinhamentos paralelos e dispostos em arco que extendem-se ao longo de 3.000 quilômetros e cuja altura média é de 6.000 metros (sendo o Nanda Devi e o Anapurna os cumes mais altos com 8.000 metros), convertendo-se numa barreira praticamente infranqueável.
A rede fluvial indiana conta com dois grandes conjuntos. Na zona setentrional destacam-se o Ganges e seus afluentes como o Brahmaputra, o Yamuna e o Gogra entre outros; e o Indo com os rios de sua bacia, o Jhelum, o Chenab e o Sutej. Ao sul peninsular fluem o Narmada e o Taptí na zona do Mar Arábigo e o Mahanadi, Godavari, Krishna e Cauvery, na do Golfo de Bengala.
Fazem parte da Índia as Ilhas Minicoy e o grupo das Laquedivas no Mar Arábico e os arquipélagos das Adamán e de Nicobar no Golfo de Bengala.
O clima é tropical e ventoso, exceto na zona montanhosa do Himalaia. A paisagem é muito variada e pode-se contemplar desde zonas muito áridas, como no deserto de Thar junto Paquistão, até bosques e savanas ervosas, que ocupam a quinta parte do território indiano.

Aspectos Físicos da Índia





Clima:
O clima da Índia varia entre o tropical, ao sul, e o mais temperado, no norte. Nas regiões setentrionais neva com freqüência no inverno. O clima indiano é fortemente influenciado pelos Himalaias e pelo deserto de Thar. A cordilheira himalaica e o Hindu Kush formam uma barreira contra os ventos frios provenientes da Ásia Central, o que mantém o subcontinente com temperaturas mais elevadas do que outras regiões em latitudes semelhantes. A maior parte da precipitação entre junho e setembro é devida às monções.

Relevo:
O país pode ser dividido em quatro grandes conjuntos geográficos: Himalaya, as planícies aluviais do norte, o Dekkan e o Ghats oriental e ocidental. Himalaya é mais a elevada cadeia de montanhas do mundo. Nascida da colisão entre a placa tibetana e a placa indiana, é formada de balanços cristalinos e sedimentos. O seu ponto culminante em território indiano é o Kangchenjunga (8 598 m), a terceira cimeira do mundo após Everest e o K2. Largo de 160 à 320 Km, Himalaya estira-se sobre mais de 2 400 Km entre a Índia e o Tibete, desde o Jammu-et-Cachemire, ao oeste, até à Assam, ao leste. Ao oeste, Himalaya prolonga-se pela cadeia do Karakorum, na Caxemira, seguidamente por a do Hindu Kush, no Afeganistão.
HimalayAo pé Himalaya estende-se uma vasta planície, de oeste é (do Paquistão ao Bangladeche). Três grandes rios, que tomam a sua fonte ao Tibete ou nos seus confins, atravessam esta região: Indus (2 897 Km), Gange (2 510 Km) e, ao extremo é, Brahmapoutre (2 897 Km). São alimentados pela monção e o ferro fundido das neves himalayennes. Ao leste da península, dois rios conduzem à deltas que progridem sobre o mar: Gange e Brahmapoutre, cujas bacias hidrograficos acumuladas totalizam 3 milhões de Km ², e que arrosent a Bengala-Ocidental, a planície da Assam e o Bangladeche.A Assam apresenta tipos de solos extremamente contrastados: solos medíocres, lavados, sobre as superfícies elevadas, na parte ocidental da planície Gange e o Piemonte do Pendjab; solos inondables, mais favoráveis à agricultura nas regiões baixas. Estes solos, formados alluvions depositados pelos grandes rios, fazem a planície da Assam região mais fértil e povoado do país. Riziculture é desenvolvido muito lá, assim como a cultura do trigo e a bengala à açúcar, mais especificamente na parte setentrional desta região (Uttar Pradesh et Pendjab).
Ao Sul das planícies recorta-se vasta a bandeja triangular do Dekkan, que ocupa o essencial da península indiana com elevadas bandejas do lado do mar do Omã e as bandejas mais baixas do lado do golfo da Bengala. A estrutura da região é a de um escudo précambrien, formado de balanços de naturezas muito diferentes. Às bandejas de granito ou de gneisses (bandeja de Mysore, extremo ao Sul, bandejas do Bastar ou Chota Nagpur, o leste) opõem-se as bandejas basálticas, que apresentam um relevo terrasses. Os solos pretos (ou regur), formados pela decomposição do basalto, têm uma forte capacidade de retenção de água, que favoreceu nomeadamente a cultura do algodão.

Vegetação:
Depende também da época do ano e das Monções. A vegetação é formada por plantas de folha caduca, pois a floresta das monções cedeu lugar a campos de cultivo.Também possui florestas tropicais, locais áridos e também vegetação de montanha, próxima do Himalaia.

Hidrografia:
A Índia conta com diversos grandes rios, como o Ganges, o Bramaputra, o Yamuna, Godavari, Kaveri, Narmada e Krishna. O país possui três arquipélagos: as Laquedivas, as ilhas Andamão e Nicobar e as Sundarbans (no delta do Ganges).

Flora e Fauna:
A Índia oferece um diverso e exuberante patrimônio natural, onde embora tenha sofrido a depredação indiscriminada do homem, ainda pode-se contemplar um espetáculo magnífico.
A mística do Himalaia encerra múltiplos tesouros ecológicos escondidos após as extremas temperaturas. Á medida que se sobe vai descobrindo os bosques de velhos ventos, rododendros, musgos, líquens, fetos, orquídeas, pinheiros indianos, ciprestes, cedros e alerces. Estes bosques estão lotados de mitos de cabeça vermelha, rabilargos de bico vermelho, tragopanes, quebrantahuesos e minivetes vermelhos. Também pode-se ver ursos pretos Tibetanos, ardilhas voadoras, lontras, martas de pescoço amarelo e a mucura listada. Os rebanhos de bodes e ovelhas selvagens são seguidos de perto, pela pantera das neves e, com um pouco da sorte também, pode contemplar o panda menor, conhecido como urso gato.
Porém, a paisagem mais célebre da Índia é a selva, esse terreno onde o tigre é o rei. Aliás, no país também pode-se encontrar savana, desertos e estepes. Os bosques têm sido vistos seriamente dizimados e os animais têm corrido um sério perigo de extinção, mas a política de proteção, promovida nos anos setenta, tem permitido conservar boa parte deles.
Das zonas mais secas às mais úmidas pode-se encontrar bosques secos onde predominam as acácias, mangas, figueiras, palmeiras, teaks e bosques úmidos cheios de bambus. Estas paisagens são o habitat natural de cervos como o antílope indiano, as baransigas, os chitais o os muntjacs. Também pode-se ver gaúres, bois selvagens parecidos aos búfalos, queixadas, elefantes, rinocerontes indianos, langures, macacos, leopardos, panteras pretas, leões asiáticos, panteras nebulosas, ursos bezudos, cobras, mangostas, gaviões, e golfinhos do Ganges. As aves estão representadas pelas corujas, estorninos, urubús, alimoches, milanos pretos, araras, bulbules, pardais grandes, drongos pretos, grullas antígonas, pelícanos, garças, cotorritas de Kramer, avefrías, cormoranes pigmeos, búhos peixeres, águias crestilaas e muitas mais.
O animal mais emblemático da Índia é o tigre, poderoso e belo, mas sua caça indiscriminada conseguiu que dos 50.000 tigres recenseados no princípio do século, ficassem apenas 2.000 em 1969. Perto da extinção, o "Projeto Tigre", iniciado em 1973 pelo Fundo Mundial para a Proteção da Natureza, junto com o governo indiano, conseguiu criar parques e reservas, onde este magnífico animal pudesse sobreviver.

Aspectos Políticos da Índia

A Índia costuma ser apontada como a maior democracia do mundo, pois conta com o maior eleitorado dentre os países democráticos. O país adotou como forma de Estado a federação, com um parlamento bicameral que funciona com base num sistema parlamentarista de estilo Westminster.
O presidente, na qualidade de chefe de Estado, exerce um papel principalmente protocolar, embora seja o comandante supremo das forças armadas e sua sanção seja necessária para que qualquer lei aprovada pelo parlamento entre em vigor. É eleito indiretamente por um colégio eleitoral para um mandato de cinco anos.
A chefia de governo é exercida por um primeiro-ministro, que concentra a maior parte dos poderes executivos. É nomeado pelo presidente, desde que conte com o apoio de um partido ou coalizão que tenha mais de 50% dos assentos da Câmara do Povo (a Câmara Baixa do parlamento).
O poder Legislativo da Índia é exercido pelo parlamento bicameral, que compreende a Rajya Sabha ou Câmara dos Estados (a Câmara Alta) e a Lok Sabha ou Câmara do Povo (a Câmara Baixa). A Câmara dos Estados compõe-se de 245 membros eleitos indiretamente pelas Assembléias Legislativas estaduais para mandatos não-coincidentes de seis anos. Cada estado envia representantes para a Câmara dos Estados com base na sua população. A Câmara do Povo compõe-se de 545 membros eleitos diretamente para mandatos de cinco anos (há pequenas exceções à eleição direta, no caso das antigas castas baixas e representantes anglo-indianos). A Câmara do Povo, nos termos do sistema parlamentarista, é o órgão político nacional por excelência, onde é formado o governo do país. Todos os ministros com pasta devem ser membros do parlamento. O sufrágio universal é garantido pela constituição para cidadãos maiores de 18 anos.O poder Judiciário é formado pelo Supremo Tribunal, com jurisdição ordinária sobre controvérsias entre os estados e o governo federal e, em segunda instância, sobre os dezoito Tribunais Superiores do país. Também exerce o controle de constitucionalidade das leis federais e estaduais.